Blogue criado para TFM (Trabajo Fin de Máster) pela aluna Silvia Alonso Pedraza. Neste blogue vamos trabalhar a língua portuguesa no Ensino Primário com ferramentas como contos e outros conteúdos. Sejam bem-vindos e espero que gostem.

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terça-feira, 20 de março de 2012

O MACACO DE RABO CORTADO - 2




Estava um padeiro à porta da padaria, quando o macaco passou com a canastra de sardinhas à cabeça.- Psst, ó cavalheiro – chamou o homem, encostado á porta da padaria. – Um senhor tão distinto com sardinhas à cabeça não parece bem. Deixe-as cá ficar comigo, que tenho onde guardá-las. 
O macaco ficou sensibilizado com estas falas do padeiro e, já se vê, deu-lhe as sardinhas.Pois é. De mãos a abanar é que sabe bem passear... Mas, passado tempo, veio-lhe a vontade de chamar outra vez suas às sardinhas e voltou atrás, à procura do padeiro.- Olha o macaco trapalhão a perguntar pelas sardinhas... Comi-as em cima do pão e estavam bem gostosas, fique sabendo - disse-lhe o padeiro. 
Aí o macaco zangou-se. Zangou-se e fez outro disparate. Pegou num saco de farinha e atirou-o para os ombros, dizendo:- Nesse caso, levo-lhe um saco de farinha com que fabrica o pão para comer as sardinhas.E fugiu.
 Estava uma senhora professora à janela da escola, a ver quem passava, enquanto as alunas brincavam no recreio. Passou o macaco com o saco às costas.- Como ele vai carregado, o pobrezinho – disse a professora. 
O macaco ficou comovido com estas falas da professora e, já se vê, deu-lhe o saco de farinha.Pois é. De mãos a abanar é que sabe bem passear... 
Mas, passado tempo, veio-lhe a vontade de chamar outra vez seu o saco de farinha e voltou atrás, à procura da professora.- Olha o malcriadão do macaco a exigir o que ainda há bocado nos deu, sem que ninguém lhe pedisse... Da farinha amassámos bolos e as minhas meninas comeram-nos todos – disse a senhora professora. 
Aí o macaco zangou-se. Zangou-se e fez outro disparate. Agarrou numa menina e fugiu com ela, dizendo:- Nesse caso, levo-lhe uma menina que comeu os bolos da minha farinha.
 Mas a menina, ao colo do macaco, não parava de chorar.- Quero a minha mãe. Quero a minha mãe - dizia a menina. 
O macaco condoeu-se e, já se vê, levou-a a casa da mãe, que lhe agradeceu muito o encargo. Até a menina, depois de se assoar e limpar os olhos, lhe fez uma festinha de amizade.Pois é. De mãos a abanar é que sabe bem passear... 
Mas, passado tempo, começou a sentir saudades da menina e voltou atrás, a saber dela.- Querem lá ver o maganão do macaco que não pára de rondar-me a casa- disse-lhe a mãe da menina. – A minha filha está a ajudar-me a lavar a roupa, que eu estou a estender e, se ainda quer saber mais, vou chamar o meu marido, que anda na horta, e já lhe trata da saúde. 
Aí o macaco zangou-se. Zangou-se e fez outro disparate. Agarrou numa camisa que estava estendida e abalou com ela, dizendo:- Nesse caso, levo-lhe uma camisa fina lavada pela menina.

[...]


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