Blogue criado para TFM (Trabajo Fin de Máster) pela aluna Silvia Alonso Pedraza. Neste blogue vamos trabalhar a língua portuguesa no Ensino Primário com ferramentas como contos e outros conteúdos. Sejam bem-vindos e espero que gostem.

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quinta-feira, 29 de março de 2012

O MACACO DE RABO CORTADO --> QUESTIONÁRIO FINAL




Este questionário é obrigatório para todos os alunos.
É preciso ler o texto para preencher o questionário, já que as perguntas dizem respeito à totalidade da leitura.
Se não sabem alguma resposta podem deixá-la em branco.

Silvia

sexta-feira, 23 de março de 2012

O MACACO DE RABO CORTADO - 3 --> ATIVIDADES




ATIVIDADE 3


Procura o blogue Santa Nostalgia, onde há uma versão do conto "O Macaco de Rabo Cortado".
Logo da leitura, partilha com os colegas uma diferença com o conto do nosso blogue de aula. 




ATIVIDADE 4

Finalmente, escreve uma pequena opinião pessoal do conto.
Algumas dicas para responder:

- Do que gostei mais foi....
- Do que menos gostei foi...
- A personagem principal é...
- O conto é (engraçado, tedioso, comprido)...







O MACACO DE RABO CORTADO - 3




Estava um velho violeiro a trabalhar à porta da oficina, quando o macaco por ele passou, a correr.- Senhor camiseiro, ó senhor camiseiro, deixe-me ver a sua mercadoria – disse-lhe o violeiro. 
O macaco passou e aproximou-se do velhote, que vestia uma camisa muito estafada e cosipada.- Parece de bom pano – disse o violeiro. – Só tenho pena que a minha bolsa não chegue a semelhante luxo. Afinal uma vida de trabalho não dá direito a camisa fina. 
O macaco ficou impressionado com as falas do velhote e, já se vê, deu-lhe a camisa.Pois é. De mãos a abanar é que sabe bem passear... 
Mas, passado tempo, e como de costume, arrependeu-se e voltou atrás, à procura do violeiro.- Olha o aldrabão do macaco que não me deixa em paz... A camisa não valia nem o trabalho de vesti-la. Era tão fina, que se rasgou toda, quando a pus. E, se continua aí especado, ainda lhe atiro com esta viola à cabeça – gritou-lhe o violeiro. 
O macaco, isto ouvindo, arrancou a viola das mãos do velho e disse:- Nesse caso, antes que a estrague na minha cabeça, levo-a eu inteira, que melhor me serve inteira do que partida. 
E fugiu com a viola ao ombro.- Agarra que é ladrão! – gritou o violeiro, correndo atrás dele. 
O macaco trepou a uma árvore, saltou para uma varanda, subiu a um telhado e, lá de cima, espreitou cá para baixo.





 Estava um grande ajuntamento na rua. Era o violeiro, o pai e a mãe da menina, a professora, o padeiro, a peixeira, o barbeiro e muita rapaziada. Todos apontavam para ele, cantando e troçando: 

- Olha o macaco mariola

que de rabo fez navalha
da navalha fez sardinha
da sardinha fez farinha
da farinha fez menina
da menina fez camisa
da camisa fez viola
e agora deu à sola
e agora deu à sola.

O macaco no telhado, repimpado, pegou na viola e respondeu-lhes:
- Pois se agora dei à sola
Pois se agora vos fugi
É que a mim ninguém me enrola
E de mim ninguém se ri.
Tinglintim, tinglintim.
Tinglintim, tinglintim.

Cá em baixo, continuava a surriada. Riam-se e cantavam para ele:
- Olha o macaco mariola,
estarola e gabarola
com pancada na cachola,
dá e tira, mata e esfola,
ora parte, ora cola,
ora mete para a sacola...
Dá a esmola, tira a esmola,
mariola, mariola
quem te meta na gaiola,
quem te meta na gaiola.

Mas o macaco no telhado respondia ao desafio:
- Não me metem na gaiola
que de mim ninguém se ri.
A tocar nesta viola,
tinglintim, tinglintim,
a dançar com castanholas
vou daqui para Madrid.
Sou macaco mariola
e rei do charivari,
porque a mim ninguém me enrola
e a tocar nesta viola
tinglintim, tinglintim
não tenham pena de mim.
Tinglintim, tinglintim
não tenham pena de mim,
tinglintim, tinglintim
não tenham pena de mim...
Foi-se embora o macaco...                        

E a história acaba aqui.



terça-feira, 20 de março de 2012

O MACACO DE RABO CORTADO - 2 --> ATIVIDADES




ATIVIDADE 2

Verdadeiro ou falso?

Escolhe UMA das frases e responde VERDADEIRO ou FALSO.


1- O macaco gosta imenso do seu rabo.

2- O macaco veste um cachecol e umas calças.

3- O rabo do macaco é muito comprido e retorcido.

4- O barbeiro cortou o rabo do macaco com uma tesoura. 

5- Macaco sem rabo é como um burro sem nariz.

6- O macaco agarrou uma das navalhas do barbeiro e fugiu. 

7- O macaco comeu as sardinhas da peixeira.

8- O padeiro comeu as sardinhas com pão.

9- A professora e as meninas amassaram grandes pães para o almoço.

10- A professora convidou o macaco e comeram bolos na escola.

11- O macaco agarrou numa camisa lavada pela menina da escola. 


O MACACO DE RABO CORTADO - 2




Estava um padeiro à porta da padaria, quando o macaco passou com a canastra de sardinhas à cabeça.- Psst, ó cavalheiro – chamou o homem, encostado á porta da padaria. – Um senhor tão distinto com sardinhas à cabeça não parece bem. Deixe-as cá ficar comigo, que tenho onde guardá-las. 
O macaco ficou sensibilizado com estas falas do padeiro e, já se vê, deu-lhe as sardinhas.Pois é. De mãos a abanar é que sabe bem passear... Mas, passado tempo, veio-lhe a vontade de chamar outra vez suas às sardinhas e voltou atrás, à procura do padeiro.- Olha o macaco trapalhão a perguntar pelas sardinhas... Comi-as em cima do pão e estavam bem gostosas, fique sabendo - disse-lhe o padeiro. 
Aí o macaco zangou-se. Zangou-se e fez outro disparate. Pegou num saco de farinha e atirou-o para os ombros, dizendo:- Nesse caso, levo-lhe um saco de farinha com que fabrica o pão para comer as sardinhas.E fugiu.
 Estava uma senhora professora à janela da escola, a ver quem passava, enquanto as alunas brincavam no recreio. Passou o macaco com o saco às costas.- Como ele vai carregado, o pobrezinho – disse a professora. 
O macaco ficou comovido com estas falas da professora e, já se vê, deu-lhe o saco de farinha.Pois é. De mãos a abanar é que sabe bem passear... 
Mas, passado tempo, veio-lhe a vontade de chamar outra vez seu o saco de farinha e voltou atrás, à procura da professora.- Olha o malcriadão do macaco a exigir o que ainda há bocado nos deu, sem que ninguém lhe pedisse... Da farinha amassámos bolos e as minhas meninas comeram-nos todos – disse a senhora professora. 
Aí o macaco zangou-se. Zangou-se e fez outro disparate. Agarrou numa menina e fugiu com ela, dizendo:- Nesse caso, levo-lhe uma menina que comeu os bolos da minha farinha.
 Mas a menina, ao colo do macaco, não parava de chorar.- Quero a minha mãe. Quero a minha mãe - dizia a menina. 
O macaco condoeu-se e, já se vê, levou-a a casa da mãe, que lhe agradeceu muito o encargo. Até a menina, depois de se assoar e limpar os olhos, lhe fez uma festinha de amizade.Pois é. De mãos a abanar é que sabe bem passear... 
Mas, passado tempo, começou a sentir saudades da menina e voltou atrás, a saber dela.- Querem lá ver o maganão do macaco que não pára de rondar-me a casa- disse-lhe a mãe da menina. – A minha filha está a ajudar-me a lavar a roupa, que eu estou a estender e, se ainda quer saber mais, vou chamar o meu marido, que anda na horta, e já lhe trata da saúde. 
Aí o macaco zangou-se. Zangou-se e fez outro disparate. Agarrou numa camisa que estava estendida e abalou com ela, dizendo:- Nesse caso, levo-lhe uma camisa fina lavada pela menina.

[...]


sexta-feira, 16 de março de 2012

O MACACO DE RABO CORTADO - 1 --> ATIVIDADES




ATIVIDADE 1

Escolhe uma palavra do texto e procura a definição num dicionário. 
Estamos à procura da definição em português, não queremos a tradução para espanhol! 

Alguns dicionários na web:

Priberam
Porto Editora
Dicionários online
Meus Dicionários

O MACACO DE RABO CORTADO - 1





Vamos começar com um conto que vamos ler em três post diferentes: o início, o desenvolvimento e o fim. 
Cada parte tem algumas atividades de compreensão que serão feitas com comentários no blogue e na aula de língua portuguesa. 

Boa leitura! ;)

A história que vão ler é um antigo conto português que narra o que aconteceu ao macaco que não gostava do seu rabo... 



Era uma vez um macaco mariola, que andava de bata e sacola, como se fosse para a escola. Mas não ia. Era tudo a fingir. 
Os rapazes, quando o viam passar, troçavam dele e gritavam:
 -       Macaco escondido com o rabo de fora… Macaco escondido com o rabo de fora…
 
Pois era. Realmente o rabo sobrava da bata e, muito comprido e retorcido, corria atrás do macaco para onde quer que ele fosse. 
Então o macaco entrou numa barbearia e pediu ao barbeiro que lhe cortasse o rabo.
O barbeiro afiou a navalha e zut! – rabo para um lado, macaco para o outro.
 
A operação deve ter doído, mas o macaco, que tinha tanto de vaidoso como de corajoso, não se importou. E de sacola e bata, muito empertigado, veio para a rua mostrar-se nos seus novos preparos. 
Estavam uns homens à conversa numa esquina. Quando o viram passar, um deles comentou:
-       Macaco sem rabo é como um burro sem orelhas. Fica mais feio e fica mais minguado. Coitado!
 
O macaco ouviu-o, sentiu-se e correu ao barbeiro para que lhe devolvesse o rabo. Talvez ainda pudesse ser cosido ou colado…
-       Olha o macaco toleirão à procura do rabo… Que queria que eu lhe fizesse? Deitei-o fora e a camioneta do lixo levou-o – disse-lhe o barbeiro.
 
Aí o macaco zangou-se. E, quando uma pessoa ou um macaco se zanga e perde a cabeça, faz disparates. Sem mais nem menos, agarrou numa das navalhas do barbeiro e disse:
-       Nesse caso, levo-lhe a navalha com que me cortou o rabo.
E abalou.
 
Ia ele por uma rua, quando passou perto de uma peixaria.
-       Que linda navalha traz o menino na mão – disse a peixeira. – O meu carinha de anjo não me quer dar a navalhita, para eu amanhar o meu peixe?
 
O macaco ficou todo derretido com as falas da peixeira e, já se vê, deu-lhe a navalha.
De mãos a abanar é que sabe bem passear…
 
Mas, passado tempo, veio-lhe a vontade de chamar outra vez sua navalha e voltou atrás, à procura da peixeira.
-       Olha o macaco paspalhão a perguntar pela navalha… Fique sabendo que não prestava para nada. Mal lhe peguei, para amanhar umas sardinhas, partiu-se – disse lhe a peixeira.
 
Aí o macaco zangou-se. Zangou-se e fez outro disparate. Pegou numa canastra de sardinhas e abalou, dizendo:- Nesse caso, levo-lhe as sardinhas com que me estragou a navalha. 
[...]




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